Muitas pessoas me perguntam sobre a minha história com a astrologia e como cheguei nessa realidade de que ela é uma tecnologia circular africana.
A história não cabe num texto ou numa legenda de instagram, mas está espalhada em toda oferta de palavras que aqui realizei.
O que posso dizer é que o elemento central que cruza essa experiência de desconstrução da astrologia e da minha identidade é o letramento racial.
Não estou pronto, estou em processo e essa história ainda está sendo, indo, vindo. Até o último sopro de vida nós não estamos completos, é um eterno tornar-se. Então esse letramento e tensionamento da minha branquitude é contínuo. E assim será para que eu possa oferecer a partir dessa porção desobediente cura aos que vieram antes de mim e movimento aos que vierem depois.
Empretecer a minha percepção de mundos, subjetividades e saberes, trouxe um conflito com o meu eixo. Trouxe e traz camadas de perguntas, e mostrou ajogún, nosso ajogún que é o carrego colonial que todes nós branques temos.
Precisamos saber fazer oferenda epistêmica, cosmosensível a nossa ancestralidade adoecida por esse projeto. Precisamos saber tirar do lugar e levar ao fogo aquilo que foi pautado como paradigma social, político, cultural por nosso eixo. A todo tempo, em todos os lugares e continuamente.
Branco é uma categoria social que precisa ser nomeada, branquitude é uma linguagem, agência que perpassa todas as camadas da sociedade.
E nós mantemos isso em lugar ao recusarmos responsabilidade e posicionamento, quando não fazemos debates. Não é debater pretitude, é debater branquitude, minha gente. Fazer o confronto com o próprio eixo e o que ele produz é desconforto puro, é desorientante, não minto. Mas chamo aqui a branquitude da astrologia, de axé das artes para uma coerência. Não adianta atravessar a cabeça, boca, pés, coração por epistemologias do sul global se não há coerência entre cabeça e boca, se não sabemos dizer a Exu quem somos, e pedir que faça a grande confusão, troque tudo de lugar, gire o nosso mundo de ponta cabeça. Não adianta voltar ao centro da encruzilhada se continuarmos escolhendo o mesmo caminho, reproduzindo as mesmas lógicas com e para o nosso eixo.
A história não cabe num texto ou numa legenda de instagram, mas está espalhada em toda oferta de palavras que aqui realizei.
O que posso dizer é que o elemento central que cruza essa experiência de desconstrução da astrologia e da minha identidade é o letramento racial.
Não estou pronto, estou em processo e essa história ainda está sendo, indo, vindo. Até o último sopro de vida nós não estamos completos, é um eterno tornar-se. Então esse letramento e tensionamento da minha branquitude é contínuo. E assim será para que eu possa oferecer a partir dessa porção desobediente cura aos que vieram antes de mim e movimento aos que vierem depois.
Empretecer a minha percepção de mundos, subjetividades e saberes, trouxe um conflito com o meu eixo. Trouxe e traz camadas de perguntas, e mostrou ajogún, nosso ajogún que é o carrego colonial que todes nós branques temos.
Precisamos saber fazer oferenda epistêmica, cosmosensível a nossa ancestralidade adoecida por esse projeto. Precisamos saber tirar do lugar e levar ao fogo aquilo que foi pautado como paradigma social, político, cultural por nosso eixo. A todo tempo, em todos os lugares e continuamente.
Branco é uma categoria social que precisa ser nomeada, branquitude é uma linguagem, agência que perpassa todas as camadas da sociedade.
E nós mantemos isso em lugar ao recusarmos responsabilidade e posicionamento, quando não fazemos debates. Não é debater pretitude, é debater branquitude, minha gente. Fazer o confronto com o próprio eixo e o que ele produz é desconforto puro, é desorientante, não minto. Mas chamo aqui a branquitude da astrologia, de axé das artes para uma coerência. Não adianta atravessar a cabeça, boca, pés, coração por epistemologias do sul global se não há coerência entre cabeça e boca, se não sabemos dizer a Exu quem somos, e pedir que faça a grande confusão, troque tudo de lugar, gire o nosso mundo de ponta cabeça. Não adianta voltar ao centro da encruzilhada se continuarmos escolhendo o mesmo caminho, reproduzindo as mesmas lógicas com e para o nosso eixo.
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